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O Potencial de Crescimento do Colocation no Brasil

  • Foto do escritor: Anderson Quirino
    Anderson Quirino
  • 16 de jun.
  • 3 min de leitura

O mercado de data centers no Brasil vive um momento decisivo. Impulsionado por

uma convergência de fatores como o crescimento da inteligência artificial, a

transformação digital acelerada e a demanda por soluções escaláveis e resilientes,

o modelo de colocation vem ganhando protagonismo nas estratégias de

infraestrutura de empresas de todos os portes. Em 2025, o Brasil demonstra

potencial para se consolidar como um dos principais polos de colocation da América

Latina, impulsionado por fatores estruturais e tecnológicos que ainda precisam

amadurecer.


O que é colocation e por que ele vem ganhando espaço?

O colocation consiste na terceirização da infraestrutura física de TI, onde empresas

alocam seus servidores em data centers especializados. Esses ambientes oferecem

energia, refrigeração, segurança física e conectividade, permitindo que as empresas

foquem na gestão de seus dados e aplicações, sem os altos custos de construção e

manutenção de um data center próprio.


A procura por colocation vem sendo impulsionada por fatores como a redução de

custos operacionais, escalabilidade, cumprimento de normas de compliance e a

possibilidade de garantir níveis mais altos de segurança e disponibilidade. Esse

modelo tem ganhado relevância em setores como financeiro, varejo, saúde e

telecomunicações.


O colocation como aposta estratégica para os próximos anos


Em 2025, o mercado de colocation no Brasil é visto como promissor, diante da

aceleração da transformação digital, adoção de inteligência artificial, computação

em nuvem e crescimento de aplicações que exigem baixa latência e alta capacidade

computacional.


Empresas que buscam infraestrutura escalável, segura e eficiente têm encontrado

no colocation uma solução viável para expandir seus negócios digitais. A demanda,

ainda em fase de consolidação, mostra sinais de amadurecimento especialmente

nos segmentos que dependem de ambientes resilientes para sustentar operações

críticas.


A digitalização da economia, a intensificação do uso de tecnologias emergentes e a

maior exigência regulatória em temas de proteção e soberania de dados continuam

a impulsionar o interesse por esse modelo. A preocupação crescente com práticas

sustentáveis e eficiência energética também estão no radar.


A influência da IA e da transformação digital

A aceleração do uso de inteligência artificial (IA), em especial a IA generativa, tem

gerado um salto na demanda por capacidade computacional. Treinar e manter

modelos de IA exige infraestrutura robusta, algo que muitas empresas não

conseguem prover internamente, optando pelo colocation como estratégia [5].


Essa tendência se soma à digitalização de setores como saúde, educação e

indústria, e à crescente regulamentação sobre armazenamento e segurança de

dados, como a LGPD, o que também impulsiona a busca por ambientes certificados

e gerenciados com alto padrão técnico.


Benefícios da Colocation

Os serviços de colocation têm se tornado mais populares entre empresas que

desejam otimizar sua infraestrutura de TI. Os benefícios vão desde a redução de

custos até o aumento da segurança e da disponibilidade, contribuindo diretamente

para o desempenho dos negócios.


Competitividade e oportunidades no cenário global Apesar do potencial, o Brasil

ainda tem um caminho de amadurecimento a percorrer. Enquanto os Estados

Unidos contam com mais de 5.300 data centers, a América Latina inteira representa

menos de 2% do consumo global de energia de TI [3]. Isso mostra que a

infraestrutura local ainda precisa evoluir para competir com mercados mais

desenvolvidos.


Contudo, o país possui vantagens como matriz energética limpa, economia digital

em ascensão e custos operacionais mais competitivos. Esses fatores tornam o

Brasil atrativo para empresas multinacionais que desejam descentralizar suas

operações e garantir maior resiliência [1]. Os principais desafios enfrentados incluem:

● Capacitação técnica: necessidade de profissionais qualificados para

operação e manutenção dos data centers.

● Infraestrutura energética: mesmo com matriz limpa, a continuidade do

fornecimento é essencial.

● Políticas públicas: a falta de incentivos fiscais e regulações claras pode

dificultar novos investimentos.


Conclusão

O modelo de colocation no Brasil apresenta um futuro promissor. Ainda que o

mercado esteja em fase de consolidação, o avanço da economia digital e a

necessidade crescente de infraestrutura escalável apontam para uma tendência

favorável. Com investimentos consistentes, melhorias estruturais e apoio

regulatório, o Brasil pode se tornar um dos principais hubs tecnológicos da América

Latina.





Anderson Quirino – Diretor Comercial Mendes Holler.






Fontes:


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