Os desafios em obras health Care: o que está por trás de uma entrega que não pode falhar
- Emanuel Barcarolo
- 29 de mai.
- 3 min de leitura

Modernizar a infraestrutura de um hospital de alta complexidade, sem desligar a
operação por um segundo sequer. Esse é o tipo de desafio que exige mais do que
engenharia exige estratégia, precisão e responsabilidade com vidas humanas. Cada detalhe importa: da análise de risco à arquitetura elétrica de contingência,
passando pela integração total entre equipes, protocolos e soluções técnicas. Na obra
recém-entregue pela Mendes Holler no Hcor, esse compromisso foi colocado à prova
em um dos projetos mais complexos da engenharia hospitalar nacional.
Neste artigo, destacamos os principais pontos que tornam uma obra em
Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) única e como transformá-los em
segurança, continuidade e excelência.
1. Gestão de riscos e metodologias de controle
Em um hospital, não há margem para erro. A gestão de risco precisa ser integrada
desde a etapa de projeto até a entrega. Ferramentas como FMEA (Análise de Modos
de Falha e Efeitos) e RAO (Riscos e Oportunidades) foram aplicadas na obra do Hcor
para mapear cenários e evitar qualquer impacto na operação hospitalar. Essa abordagem permitiu antecipar vulnerabilidades e estruturar planos de
contingência de forma preventiva protegendo pacientes, equipes clínicas e os
próprios profissionais da obra.

2. Operação ininterrupta e migração de cargas críticas
Manter o hospital funcionando com segurança durante toda a obra exigiu cronogramas
sincronizados com os horários de UTI, centro cirúrgico e hemodinâmica.
Mais de 300 quadros elétricos foram migrados sem interrupção, exigindo
planejamento logístico de alta precisão e total integração com a equipe técnica do
Hcor.
3. Arquitetura elétrica de missão crítica
A obra contemplou a construção de uma nova usina de geração de energia, com
capacidade de 6,7 MVA, reforços estruturais em um prédio com mais de 40 anos,
redundância completa de energia e autonomia elétrica superior a 48 horas.
Linhas de missão crítica foram projetadas para sustentar áreas vitais do hospital:
● Vida: Equipamentos de suporte como respiradores e bombas de infusão
● Financeira: Sistemas administrativos, servidores e redes
● Dados: Armazenamento de prontuários e históricos médicos
● Operacional/Social: Climatização, iluminação e segurança
● Pesquisa: Laboratórios e equipamentos de alta complexidade

4. Comunicação e resposta rápida
Obras hospitalares exigem reação imediata diante de qualquer imprevisto. Foram mais
de 3.000 permissões de trabalho emitidas, 160 análises de risco e apenas 1
incidente controlado ao longo de meses de execução e reflexo de um modelo de
governança que envolve comunicação direta com todas as áreas do hospital e
resposta rápida com equipes capacitadas.
5. Engenharia aplicada à missão da saúde
m ambientes onde cada minuto conta, a engenharia precisa estar à altura da missão
clínica. Cada escolha — do tipo de cabo utilizado à compartimentação contra incêndio, foi feita para garantir que nenhuma vida precisasse esperar. Como afirmou a diretoria do Hcor:
“A Mendes Holler entregou algo invisível para o paciente, mas essencial
para a operação: infraestrutura inteligente, segura e confiável.”
Conclusão: engenharia que transforma a saúde

As obras em estabelecimentos de saúde representam um desafio complexo que exige
a união de diferentes áreas do conhecimento. A parceria entre a Mendes Holler e o
Hcor demonstra o poder da colaboração para superar esses desafios e construir um
futuro mais seguro e eficiente para a saúde. Através da troca de experiências e do
desenvolvimento de soluções inovadoras, estamos juntos transformando a forma
como os hospitais são construídos e equipados.
Convidamos você a compartilhar suas experiências e desafios nos comentários. Como
podemos, juntos, construir um futuro ainda mais promissor para a saúde?
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Emanuel Barcarrolo – Diretor de Engenharia Mendes Holler
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